Por todas as formas tentou. Forçou com faca, alicate, maçarico, britadeira, feitiços infalíveis aos deuses abridores de pedras e palavras doces.
Nada.
Tempo, esforço, suor, energia, milhares de pensamentos e planos. Tudo em vão.
Com pesar – e um início de enxaqueca – guardou-o com cuidado e delicadeza de amor não dado em caixa escura, fundo de baú, e virou as costas. Para nunca mais olhar ou ter que lembrar.
Foi então que com um estalo seco, lá nas profundezas do escuro silencioso, abriu-se sozinho e para ninguém ver.
Justamente quando não era mais necessário.
5 comentários:
Tão verdade...
(continuo adorando seus textos)
Me arrancou um sorriso! Obrigado.
Putz!
=D
Gosto tanto... Me lembra algo de Caio Fernando Abreu, curte?
bjo
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