Um dia de sol, um prédio amarelo e um quadro de flores. Preferia uma noite enluarada, brisa leve nas árvores e, ao fundo, a flauta daquele moço que toca na rua a música daquele filme que eu gosto tanto, e que ele nem deve ter assistido. Se é pra ter sol, pelo menos um barquinho no fundo, no azul imenso, enquanto eu lhe digo tudo o que sempre quis falar. E aí, na hora mais difícil, sopraria um breve e forte vento alísio enchendo nossos olhos de areia. Desabaria um temporal que nos faria rir e me faria esquecer a vergonha de ter finalmente dito tudo tudo. E se, por acaso, eu tivesse chorado, as lágrimas se misturariam com a chuva e eu nunca mais pensaria em como você me doía de vez em quando. Mas continuo aqui. Com um dia de sol. Um prédio amarelo. E um quadro de flores.
7 anos depois - uma bacia.
Há 3 anos
1 comentários:
caramba, passou-se o tempo, mas ainda escreve maravilhosamente bem
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