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Desenlace amoroso

Postado por Ana C. |


(Ou, por quién merece amor.)

Cansei do nome, da história e da cor. Passado que não nos ensina mais nada. Venceu, e a batalha foi longa e dolorida, aquela vontade estranha e devoradora de ser um pouco mais eu, ou de ser qualquer coisa que se queira ser. Quem sabe anA, A-n-A. Não só Ana, Ana, Ana C. Resolvi me reinventar, mesmo que para isso tivesse que me rasgar em muitos pedaços coloridos de papel, e levados pelo vento, antes.

(Sobe som: This is the end, beautiful friend. This is the end, my only friend, the end. Hurts to set you free. But you’ll never follow me. The end of laughter and soft lies. The end of nights we tried to die. This-is-the-end. Com olhos vermelhos mas sorriso nos lábios, junta seus poucos pertences e se encaminha para a porta. Mão na maçaneta, vira-se para um derradeiro olhar.)

Despeço-me. Coração leve e novo para seguir viagem, sandálias de peregrina nos pés. Abençoados sejam os que participaram das estradas e atalhos até aqui: em cada pessoa um abraço que vence distâncias. Que as palavras lhes sejam doces.

(Re)começo. Sem saber qual será o fim. Honestamente? Pouco importa. O que importa é encharcar minha alma, tão desidratada andou a pobrezinha. (Que eu consiga, que eu consiga, que eu consista, amém.)

Começo. Algum dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir. Que seja, já! Começo me lançando: braços abertos e olhos fechados, girando sob a chuva morna que lava e acaricia as folhagens.


Feliz me despeço. Deixo um beijo e uma rosa branca.


Adieu.



Ou...


Melhor: vem comigo?